domingo, 16 de agosto de 2020

Os 62 anos de Madonna, polêmicas e etarismo


E a Rainha do Pop esta completando hoje 62 anos, e como Madonna e uma das minhas artistas preferidas seria impossível deixar essa data passar batida.

Madonna nada mais nada menos é do que o maior icône pop vivo, cheia de polêmicas e confrontando conceitos conservadores por quase quatro décadas, a artista continua na ativa nos dias de hoje e se envolvendo em polêmicas.

Recentemente a diva se envolveu em uma polêmica, ela compartilhou um video defendendo o uso da hidroxicloroquina em seu instagram. A rede social excluiu a postagem e marcou como um selo de fake news, e isso gerou polêmica. Mesmo com Madonna se retratando posteriormente, esse estigma ficou.

Conscientizada (afinal quem nunca disse asneira na internet e percebeu que errou ?), dia 14 saiu o remix de Levitating de Dua Lipa, Madonna e Miss Elliot e que ganhou um clipe dia 15 (porém sem a participação da mesma) e que deu um certo movimento no mundo na internet.


Deixando um pouco as polêmicas e as ações atuais da Rainha do Pop de lado, destaco um mal que se abate sobre a artista e que dura a alguns anos, que e o preconceito etário. Madonna talvez seja a artista que mais sofre desse mal, e isso pelo simples fato que ela não escolheu ficar reclusa em Las Vegas, por ela não ficar presa ao seus hits do passado e por ela ainda querer competir e conquistar números nos charts e principalmente por ser mulher.
Madonna apresentando Like a Virgin no VMA de 1984

Madonna sempre foi desafiadora, a prova disso e a sua carreira. A simulação da masturbação no iconico VMA em que apresentou o seu grande hit Like a Virgin, as cruzes em chamas e o santo negro em Like a Prayer, a visibilidade que ela deu aos gays em 1990 com o estrondoso hit Vogue (talvez a sua maior canção de todos os tempo), quando causou polêmica com seu livro S.E.X e o álbum Erotica e a turnê The Girlie Show (ambos explorando ao máximo a sexualidade feminina, um trabalho sobre a sexualidade feminina atemporal), ter criticado o estilo de vida americano e o presidente Bush em 2003 e o seu belicismo no Oriente Médio e etc.

Nenhuma outra artista foi tão ousada e polêmica quanto Madonna na história, colecionando o ódio de conservadores, excomungações por parte da Igreja e por continuar assim até os dias de hoje.

Este espirito desafiador mantem Madonna na ativa até os dias de hoje, colocando o dedo nas feridas da sociedade, lançando álbuns e saindo em turnês. A sensualidade e a sexualidade sempre foram partes da carreira da Madonna e até hoje continua sendo e vemos um boom na internet toda vez que ela aparece mais ousada.

Madonna, Meet Gala 2016
No Meet Gala de 2016 ela apareceu com seios e bumbum amostra, particularmente eu acreditava que os comentários partiriam para um cunho puritanista, um "nossa, ela não deveria mostra a bunda", "nossa ela não deveria mostrar os seios", mas não, eles partiram para a questão etária, um "nossa ela esta velha demais para isso".

Cada comentário desse tipo parece estabelecer que existem regras que uma mulher com certa idade deve seguir, e que na verdade não existe.

Madonna continua firme com sua carreira, sendo boicotada nas rádios por ser "velha demais", vide o boicote das rádios contra o single Living For Love, o primeiro do álbum Rebel Heart no ano de 2015.

Agora em 2019, Madonna teve problemas nos joelhos, e teve que cancelar algumas datas da Madame X Tour, o que levou a uma chuva de comentários sobre a sua idade, e mais recentemente, em 2020, ela postou uma foto usando roupas intimas e também recebeu uma chuva de comentários sobre a sua idade.

Quem crítica Madonna por conta da sua idade e, sem dúvidas um trouxa, isso porque Madonna não vai parar de agir assim por críticas, e pessoas assim esquecem que elas também vão envelhecer. O que eu desejo a Rainha do Pop e que ela continue assim, transgressora, e colocando o dedo com força nas feridas da sociedade.

Parabéns a Rainha do Pop.






quinta-feira, 6 de agosto de 2020

#Crítica: Mãe (I am Mother), ficção científica de tirar o chapéu


Pessoal lá vem eu falar de filme mais uma vez, desta vez a crítica e do filme I am Mother, um longa de ficção científica original da NETFLIX. Por incrível que pareça a Netflix peca muito nas suas produções originais, muitas séries e filmes são muito ruins, porém, aqui o serviço de assinatura acertou e muito bem.

I am Mother e uma ficção cientifica de tirar o chapéu, não perfeito mas muito superior ao que nós vemos por aqui. Grant Sputore e o diretor do longa e o roteiro ficou por conta do genial Michael Lloyd Green. Na trama do longa somos levados a uma especie de base, isolada, sem a presença de humanos logo após a extinção da humanidade. Neste ambiente vemos um androide, uma robô que escolhe a dedo um embrião e começa a criar.

Daqui em diante somos levados a conhecer uma rotina onde a androide cria a criança a medida que a mesma se desenvolve, cresce e passa a atingir alguma maturidade. No decorrer da trama vemos que a mãe a androide criou a garota com um extremo cuidado, ela alimentou, ensinou e educou a menina, porém ela tem ações super-protetoras, impedindo a menina de conhecer o mundo exterior fora da base.
A filha, interpretada pela atriz Clara Rugaard, como qualquer ser humano nutre a curiosidade pelo mundo exterior, curiosidade esta que a leva, após uma sucessão de eventos, a encontrar uma mulher interpretada pela atriz Hilary Swank que coloca em cheque as explicações dadas pela mãe sobre o fim da humanidade.

A joia do filme é a atuação da filha e o estado de tensão e a dúvida que se abate sobre a mesma ao ter que se decidi entre o choque de ideias entre a versão da mulher e a versão da mãe. Ela deveria acreditar na única humana que encontrou, ou na androide que a criou e que cuidou ?.

A robô graças a voz de Rose Byrne consegue passar ternura e cuidado, porém, graças a performance corporal de Luke Hawke conseguimos captar as capacidade da mãe, capacidades estas que mostra como ela poderia destruir um humano com extrema facilidade. 

O final do filme pode desagradar algumas pessoas mas eu gostei, gostei porque de acordo com os acontecimentos, mesmo tendo "perdido"em teoria e falhado em sua missão, a robô na verdade executou a sua missão com exito conseguindo desenvolver na filha todas as qualidades e competências que vemos a mesma desenvolver na menina.

E claro que o final esta aberto a explanações, e quem sabe futuramente eu venha fazer um post somente sobre o final do filme. 

Assista, o filme esta no catalogo e como e produção original sempre permanecerá por lá, então não perca a oportunidade, I am Mother é uma joia da ficção científica e que precisa ser apreciada.



terça-feira, 4 de agosto de 2020

#Crítica: 1922, mais um longa inspirado na obra de Stephen King.




1922 e mais uma adaptação das obras de Stephen King que funciona muito bem e que é uma grata surpresa para quem gosta das obras do escritor. 

A trama do longa e bem simplória, não exige de você nenhum esforço mental significativo, temos a personagem Arlette, interpretada por Molly Parker, filha única de um casal e que herdou após a morte do seu pai uma grande quantidade de terras. As suas terras junto com a dos seu marido Wilfred, interpretado por Thomas Jane, tem um alto valor comercial, sendo assim ela quer vender as terras e seguir um sonho de morar na cidade e abrir uma loja de roupas. Wilfred não quer vender as terras pois gosta da vida na cidade e que será motivo de conflitos pelo casal.

No meio disso, temos Henry, um adolescente de 15 anos interpretado por Dylan Schmid, filho do casal.O filme lançado em 2017 pela Netflix e dirigido por Zak Hilditch, trata da degradação humana perante a consciência da culpa.

De inicio o longa se preocupa em apresentar os seus personagens, esta apresentação ocorre a medida em que Wilfred narra em forma de uma carta os acontecimentos do ano de 1922, ano este em que a sua vida mudou completamente. Ele narra a história da sua família, e da disputa entre Wilfred e sua esposa sobre a venda das terras da família.

Henry e disputado por ambos, sua mão quer leva-lo para a vida movimentada da cidade, seu pai quer que ele permaneça no meio rural, cada um usando de artifícios de persuasão, Arlette usa o seu amor maternal, sua posição enquanto esposa, o seu pai usa a vida rural e os apegos do filho como a jovem Sharon para prender seu filho as terras.

Essa disputa leva a atitudes que vão marcar para sempre a vida dos personagens. A fotografia do filme e longa, rico em detalhes, em significados, a forma como a loucura de Hanry e Wilfred e construída e muito bem montado.

O final do filme e bem previsível, porém devido a boa construção do longa o final e funcional e podemos aceitar o final, final este que pode agradar ou não ao público justamente por não seguir o modelo hollywoodiano.

Assitam o filme, tenho certeza que vão gostar. 

sábado, 1 de agosto de 2020

05 Álbuns lançados com mais de 30 anos que não saem de moda e que eu adoro


E lá vamos nós falar de música mais uma vez, desta vez fiz um levantamento de 5 álbuns lançados a mais de 30 anos e que eu sou apaixonado. Antes de irmos para a lista e bacana deixar claro que nosso objetivo não e falar qual o melhor e o pior, aqui todos estão no mesmo nível, obras majestosas do Pop e do Rock que sem sombra de dúvidas merecem o status de Clássico.

Antes de mais nada e importante a gente definir o que e um álbum clássico. Bom, se você veio achando que vou abordar aqui álbuns de música clássica, opera ou algo de um gênero específico esta errado, o objetivo aqui e pegar os álbuns que devido a sua produção, letra, conceito e etc se tornaram marcos na história da música ( e isto independente de gênero).

Thriller (Michael Jackson)

Não tem como falar de clássicos sem começar com o Rei do Pop e o seu clássico álbum Thriller que foi seu sexto trabalho em carreira solo e foi lançado dia 30 de Novembro de 1982, ou seja quase quatro décadas de lançamento. 

O álbum foi produzido por  Quincy Jones e co-produzido por Jackson, o álbum trouxe clássicos irrefutáveis e conhecidos globalmente como Thriller, Billie Jean, Beat it e vendeu absurdos 66 milhões de copias vendidas mundialmente. 

Foi o álbum que consagrou Michael Jackson como Rei do pop e maior ícone da música do século XX e de todos os tempos. Outro impacto cultural deste álbum foi a reinvenção do vídeo clipe, a reinvenção da forma como se faz um álbum e a imortalização do Moonwalk.

Thriller 

Beat it

Billie Jean




Back in Black ( AC/DC )




Lançado dia  25 de julho de 1980 detém o título de álbum de rock mais vendido de todos os tempos, acumulando 51 milhões de álbuns vendidos. E o álbum definitivo do AC/DC e esta na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. 

Foi neste álbum que tivemos hit´s consagrados da banda e do Rock como "Hells Bells", "You shook me All Night Long".

Hell Bells 

You shook me All Night Long

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (The Beatles)

Lançado a 26 de maio de 1967, e o oitavo álbum dos Beatles, e vendeu 32 milhões de copias mundialmente. Este número de vendas absurdo e justificado graças as inovações e artifícios de produção do álbum.

O álbum foi tão aclamado que foi considerado a ponte entre a arte e a música popular da época, bem como ser um álbum que representa toda a sua geração. E considerado o álbum de Rock mais influente de todos os tempos alguma vez já feito.

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

The Dark Side of the Moon (Pink Floyd)

E o oitavo álbum da banda Pink Floyd e foi lançado dia lançado em 1 de março de 1973. O álbum chegou a marca dos 45 milhões de álbuns vendidos, e seu sucesso foi tão avassalador que o trabalho permaneceu por 777 semanas no topo da Billboard Hot 100, sendo assim o álbum permaneceu entre 1973 a 1988 no topo do mercado de vendas americano.

O álbum ainda apresentou ao mundo os hinos Money e Us and Them, canções clássicas que junto ao hinário que e o álbum fixou Pink Floyd como uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos.

Money 

Us and Them


True Blue (Madonna)

Iniciamos com o Rei e terminamos com a Rainha, temos agora Madonna com o seu terceiro álbum de estúdio o grandioso True Blue. Lançado em 30 de junho de 1986, o álbum vendeu em 25 milhões de cópias mundialmente, e foi o responsável por coroar Madonna como a Rainha do Pop.

Além disso True Blue nós apresentou os grandiosos hits atemporais Papa don´t preach, Open Your Heart, Live to Tell, a inigualável La isla Bonita e a canção título True Blue

La isla Bonita 

Live to tell

True Blue 


Aqui esta 5 dos meus álbuns com mais de 30 anos favoritos. Apreciem o trabalho destes artistas, e deem uma olhadinha em álbuns deles.




#Crítica: A Vastidão da Noite


Olá pessoal, bem vindos ao Crítica, um quadro aqui no blog em que eu vou dar a minha opinião, fazer Análises de filmes que eu assisto. E para começar este projeto eu escolhi o filme A Vastidão da Noite, um longa lançado pelos serviços streaming, e mais um dos grandes acertos da Amazon Prime e faz jus a tudo o que e falado sobre na internet.

O filme tem 1 hora e 31 minutos, e é dirigido por  Andrew Patterson, um longa de baixo orçamento, custando cerca de 700 mil dólares e que ganhou voz na quarentena. Na vastidão da noite é um clássico exemplo de filme minimalista que prova por A+B que o grande chamar de um filme e como a história e contada.

O filme e ambientado na década de 1950, no augue da Guerra Fria e em plena corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, mais propriamente dito no Sul dos Estados Unidos, e gira em torno de dois jovens e uma rádio.

Trailer

Este e o primeiro filme do diretor Andrew Patterson, e eu já coloco ele como um dos diretores promissores, visto que o que ele faz com um orçamento baixíssimo e inacreditável. 

O inicio do filme já é nostálgico e já trás a informação que o filme não será em nada convencional, sendo que ele inicia com uma TV antiga, um modelo antigo que inicia com um filme típico dos anos 50, estabelecendo uma dinâmica social entre as pessoas da cidade, dinâmica essa que é construída para ser destruída no decorrer do longa.

Depois somos levados a conhecer dois jovens, Everett e Fay, interpretados por Jake Horowitz e Sierra McCormick, atores que tem uma atuação maestral, inclusive na construção da paranoia de uma suposta invasão alienígena ou soviética.

Sierra McCormick

Jake Horowitz      



Como radialistas, o casal recebe relatos e ouve relatos de pessoas que tiveram contatos com inteligências extraterrestres. E com o passar do tempo vemos a construção de uma ambientação, de uma aura de medo e dúvida sobre o que esta acontecendo na cidade. Essa ambientação não e apenas construída por diálogos, mas pela construção das cenas, os planos longos que exigem e prendem atenção.

O filme sufoca, sufoca porque o cenário e como um personagem próprio, onde os personagens estão num local, sempre escuro, sombrio, acompanhados dos seus aparelhos e nada mais. E somos levados a uma busca sem objetivo claro, digo isso não no sentido pejorativo, mas no sentido de que eles entram de cabeça em uma situação, investigação, sem saber o que encontrar, sem saber o que buscar e onde vão parar. Isso proporciona a manutenção do mistério, a prolongação da dúvida e da incerteza.

O  ato final do filme e grandioso, complexo e sai fora completamente do Terror tido como convencional, um filme de fato, que vai te fazer pensar. Futuramente a vastidão da noite pode sim se tornar um filme cult e é leitura obrigatória para quem gosta de ficção científica.

Em uma escala de Zero a Dez, A Vastidão da Noite recebe nota 8,0.


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Jurassic World 3: Dominion, o que sabemos até aqui


Se tem algo que eu gosto e cinema, e uma das melhores franquias que existe é Jurassic Park, o icônico filme de 1993 que esta ganhando continuações até hoje. Falar de Jurassic World e falar de algo que desperta bastante nostalgia em mim, falo isso porque eu era e sou muito fã da franquia e principalmente do primeiro filme.

Bom, após 3 anos, em 2021 teremos a ultima parte da nova trilogia do Jurassic Park, Jurassic World Dominion, que chega aos cinemas e deve fechar e costurar todos os seis filmes da franquia. De cara teremos no elenco Sam Neil, Laura Dern e Jeff Goldblum da trilogia original e Chris Praty e Bryce Dallas da nova leva de filmes.

O filme deve abordar o mundo agora com dinossauros a solta, convivendo com os seres humanos, a estreia do longa esta previsto para 10 de Junho de 2021 e conta com Colin Trevorrow que retorna a franquia.

E saiu ainda o teaser/trailer do longa que deixa um gostinho de quero mais do que vem por ai no longa. Ansiosos?.


The Vigil: Um terror bastante aguardado



Divulgado pela primeira vez no festival de Toronto  no ano de 2019 e comprado pela Blumhouse The Vigil e um dos longas de terror que eu mais aguardo. A história do filme e de uma possessão demoníaca que atinge um jovem que esta a velar um corpo de um recém falecido. 


Na história temos Yakov (Dave Davis), um jovem que vai a uma casa em péssimos estados para fazer vigília ao recém falecido Sr. Litvak, desde então ele se vê preso numa situação ao qual será difícil dele sair. O filme e escrito e dirigido por Keith Thomas.

sábado, 25 de julho de 2020

"Não se faz mais músicas como nos anos 70 e 80", a frase mais chata de quem curte o bom e velho Rock n` Roll


Hoje vamos falar sobre um assunto que eu acho super pertinente que é sobre música. Se tem algo que eu gosto e música, escuto absolutamente tudo e adoro consumir novidades. O Rock é um dos estilos musicais que eu mais escuto, visto que tenho muitas  bandas e artistas favoritos que estão nesse gênero.

O Rock e maravilhosos e versátil, e sempre tem bandas novas, artistas novos surgindo e lançando muito material bacana. E neste post quero falar o quão chato é as pessoas que afirmam que o rock, ou "o metal está morto", e normalmente esse pessoal e o mesmo que também fala que "não se faz mais músicas como nos anos 70 e 80"

Bom, esta mais que óbvio que eu não concordo com nenhuma dessas afirmações, afinal de contas o gênero esta sempre em constante mudança e gente que tem esse tipo de visão realmente estão presos no tempo.Nenhuma época tem música igual a outra, nos anos 20 a música era diferente da dos anos 50 que era diferente da dos anos 80.

Quem dissemina esse discurso normalmente tende a ter algumas características, a principal e o fato de não aceitar que o Rock não é mais um gênero mainstream (o gênero músicas de preferência, o mais executado nas rádios), no final dos anos 80 e anos 90 o gênero perdeu espaço para o Pop da época, que era tão interessante quanto o primeiro. Esse tipo de fala apenas prova um despreparo e um desconhecer do fato que a música e constante, nenhum gênero musical permanece no mainstream por muito tempo, sempre surge ou vem outro para o substituir. 

Outra característica e o envolvimento emocional, envolvimento este que vem seja pelo fascínio com o sucesso das bandas antigas (Black Sabbath, Iron Maiden, Slayer e etc), a identificação com a época (muitos de nós temos uma conexão com o senso de liberdade e euforia dos anos 80).

Além de tudo isso temos a questão das bandas favoritas. Muitos tem suas bandas de preferência entre as clássicas desse período e se tornam tão presas a elas que perdem a oportunidade de enxergarem novas bandas. 

A você meu amigo que tem a mente fechada eu convido a escutar os novos trabalhos de novas bandas, dos anos 1990 até os dias atuais. Bandas como Trivium, Nightwish, Lacuna Coil e muitos outros. Abra a mente, se permita conhecer o novo e verá que o Rock anda muito mais vivo do que a gente imagina. 






Poema: Mulher negra, mulher guerreira



A beleza nos cachos 
Na textura da pele 
No sorriso singelo 
E no doce olhar 

Ela é Biomédica e professora
É estudante e Doutora
E se dedica a tudo 
Com fogo no olhar
 
Ela foi despedaçada,
Sobre açoite estilhaçada
E perante tudo isso 
Não deixou de sonhar

Ela tem Deus em seu nome
Seu nome é Jane
E com a fé como arma 
Nunca deixou de batalhar

Apaixonada pela vida 
Se deita cansada todos dias
Porém mesmo assim
No amanhã irá se levantar

Ela entende
Que a existência é uma eterna busca
De um caminho constante 
Que temos que encontrar

Pois ela é Jane
Mulher Negra e constante
Inspiração de muitos
Uma rainha do caminhar.
Autor: Mateus Felipe 

Dedicado a Jane Luíza dos Santos 

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Mais um ano ou menos um ano ?



Ultimo dia 18 deste mês completei meus 22 anos. E todo aniversário e dia de repensar a vida, repensar na trajetória, uma trajetória que tem um fim. Eu quero falar um pouco sobre todas as reflexões que eu levantei e talvez o motivo deu as ter levantado.

A vida e louca, no momento que comemoramos mais um ano de vida, outra pessoa no mesmo momento morre. Digo isso porque um dia antes meu tio faleceu em decorrência da Covid-19, uma pessoa morreu e mesmo assim e como se tudo não existisse diante a comemoração de uma data especial.

Eu não acredito em um sentido obvio e claro da vida, não acredito em um proposito maior do que viver a vida da forma que melhor lhe convier, não acredito em um plano orquestrado e metafísico que sobreponha os planos que nós mesmo traçamos.

O costume popular comemora o "mais um ano de vida", como se estivéssemos colecionando anos para viver, sendo que na verdade e o contrário, estamos perdendo anos. Talvez a comemoração do famoso "aniversário" seja uma forma de mascara a realidade de que na verdade estamos sempre a um passo do fim da nossa trajetória.

 Apesar de parecer ser uma visão "fria", e até mesmo sem graça, eu não vejo nada isso como algo negativo, muito pelo contrário, eu gosto. Gosto porque acho extremamente necessário a existência dessa convenção social, porque enquanto seres humanos precisamos sentir que somos parte de algo, e que a nossa existência tenha um sentido. E esta noção da necessidade de sentido se reforça na amizade, no fato de que pessoas te consideram importantes e é isso que e o bacana nisso tudo.

No meu aniversário apesar de todo o luto eu comemorei. Comemorei com amigos de trabalho, com direito a um bolo com a temática do IT a coisa (meu livro favorito do Stephen King), e ganhei muitas surpresas que eu mesmo não esperava.

Chocolates, canecas, camisas (nem todas as coisas que eu ganhei da pra ser postadas aqui). E isso que faz a diferença, não comemoramos um ano de vida a mais, muito pelo contrário, e um ano de vida a menos, mas nós podemos decidir com quem e como vamos comemorar mais um passo para o fim da nossa trajetória.








quinta-feira, 23 de julho de 2020

05 filmes para pensar sobre o Racismo


O mundo ainda está em choque devido a tragédia que aconteceu em Minneapolis, nos Estado Unidos, onde George Floyd, homem negro de 46 anos foi brutalmente assassinado por um policial mesmo aos gritos de "Eu não consigo respirar".  A tragedia que percorreu o mundo, vem levado a protestos na America do Norte e no Mundo.

Pensando nesse fato, eu elaborei aqui uma lista com 5 filmes que retratam o racismo. Longas que vão emocionar vocês.

Então vamos a nossa lista.


Infiltrado na Klan (2018)

Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, consegue se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunica com os outros membros do grupo por meio de telefonemas e cartas, e quando precisava estar fisicamente presente, ele envia um outro policial branco em seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron fica próximo do líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas.

E um ótimo filme, principalmente porque ele te dá um soco no estomago quando o assunto e racismo.

Direção: Spike Lee
Música composta por: Terence Blanchard
Indicações: Oscar de Melhor Filme, MAIS
Prêmios: Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, Grand Prix, e etc.



Fruitvale Station (2013)

Oscar é um jovem carismático e muito próximo da família. Mas por ter se envolvido em problemas com a lei, passou um tempo na prisão. Agora, sem emprego e sem dinheiro, ele tenta se reerguer para sustentar a namorada e a filha deles.

O pesado deste filme e se deparar com a realidade de um homem negro e o preconceito que ele tem que encarar por ter sido preso e pela sua cor.

Direção: Ryan Coogler
Prêmios: Prêmio Independent Spirit de Melhor Primeiro Filme, e etc.





Green Book (2018)

Dr. Don Shirley é um pianista afro-americano de renome mundial, prestes a embarcar em uma turnê pelo sul dos Estados Unidos, em 1962. Como precisa de um motorista e guarda-costas, Shirley recruta Tony Lip, um ítalo-americano fanfarrão do Bronx. Apesar de suas diferenças, os dois homens desenvolvem uma ligação inesperada ao enfrentar o racismo e os perigos de uma era de segregação racial.

O filme encarna bem a realidade da segregação racial da época. Apesar da premissa simples, o filme incomoda, e incomoda muito em certas cenas.

Direção: Peter Farrelly
Prêmios: Oscar de Melhor Filme, e etc.
Indicações: Oscar de Melhor Ator.



12 Anos de Escravidão (2013)

Em 1841, Solomon Northup é um negro livre, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos, ele passa por dois senhores, Ford e Edwin Epps, que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

Neste filme, somos espancados visualmente com a perca da liberdade e a rotina da escravidão.

Direção: Steve McQueen
Prêmios: Oscar de Melhor Filme
Indicações: Oscar de Melhor Ator
Música composta por: Hans Zimmer, Nicholas Britell




Corra (2017)

Um jovem fotógrafo descobre um segredo sombrio quando conhece os pais aparentemente amigáveis da sua namorada.

Este e o único expoente assumidamente de terror, um filme maestral que tem o racismo nas suas entrelinhas. Assista-o sem saber muito e se surpreenda.

Direção: Jordan Peele
Música composta por: Michael Abels
Prêmios: Oscar de Melhor Roteiro Original,
Indicações: Oscar de Melhor Ator, Oscar de Melhor Filme.





Espero que gostem dos longas indicados. O racismo é uma questão séria, a arte ali só imita a vida.

Os filmes que indiquei são alguns, na infinidade de longas que abordam o assunto. O racismo é uma questão social que deve ser debatida, mas também deve ser combatida.